POR QUE FAZER PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO?
Se eu pudesse te dar um conselho, seria: faça o seu Planejamento Jurídico Sucessório.
E sabe por quê?
A sucessão sempre foi um dos pontos mais críticos na história das empresas. Até mesmo organizações bem estruturadas sofrem com a transição intergeracional, chegando a sofrer cisões ou estremecimentos, que colocam em risco o futuro dos negócios.
É nesse contexto, que o Planejamento Sucessório se torna fundamental, pois permite que os herdeiros sejam preparados para comandar os negócios da família, desenvolvendo as habilidades, conhecimentos e atitudes pertinentes.
Além do mais, o Planejamento da Sucessão permite a definição de regras claras de governança e meritocracia.
Não se trata de tornar-se sócio/gestor, da noite para o dia, sem qualquer conhecimento técnico ou alinhamento aos objetivos da empresa.
Pois, a sucessão de uma empresa pressupõe, no mínimo, o entendimento e a consideração de interesses de vários stakeholders (toda a cadeia envolvida no negócio: empregados, fornecedores, clientes, credores, etc).
Assim, não basta o mero desejo dos herdeiros de assumir os negócios da empresa.
É fundamental fazer por MERECER.
Regra de ouro na Sucessão
Além do conhecimento empresarial mínimo e, familiaridade com as minúcias do negócio, é primordial uma sintonia fina entre os herdeiros (futuros sucessores)
Portanto, o Planejamento Jurídico Sucessório de uma empresa familiar, além das teses legais, acaba envolvendo uma série de questões emocionais, de personalidades e de comportamentos complexos a ser considerados e compatibilizados.
A regra de outro é: Os primeiros sócios se escolheram, contudo, as próximas gerações não têm essa opção.
Logo, se possuem interesse na preservação da organização, precisam ir além do desenvolvimento das habilidades técnicas.
Devem aprender a conviver harmonicamente, cooperar e prosperar juntos, assim como as gerações anteriores fizeram.
A preservação do legado empresarial depende da compatibilização e empenho dos sucessores.
Não tenho uma empresa, mas possuo filhos – O Planejamento Sucessório também é para mim?
Claro! Futuramente, seus filhos serão sócios uns dos outros.
E, nesse caso, o êxito na sucessão é ainda mais desejável, pois, não se trata apenas do futuro de uma empresa, mas também, da harmonia familiar. Outrossim, a divisão do patrimônio após a sucessão, traz para a cadeia decisória, uma diversidade muito significativa de personalidades e comportamentos. Que podem, muitas vezes, não interagir de maneira positiva, gerando situações nocivas à adequada administração empresarial. É importante salientar que, além da sociedade imposta (quando se herda cotas de uma empresa) e da própria sucessão familiar (onde os irmãos, a partir de agora, serão sócios) temos ainda os efeitos das regras relativas aos regimes de casamento ou união estável.
Portanto, sem um bom planejamento sucessório, que preveja o máximo de nuances e atores envolvidos nesse processo, pode-se resultar em uma sociedade em que os sócios não se entendem, não possuem nenhum tipo de afinidade e nem objetivos em comum. O resultado: a dilapidação do legado conquistado pelas gerações anteriores e atritos familiares, que podem chegar a níveis irremediáveis. Deste modo, iniciar o Planejamento Sucessório o quanto antes, possibilita analisar todas as variáveis possíveis, ouvir todos os interessados e, elaborar um planejamento personalizado, que traga o mínimo possível de aborrecimento a todos os envolvidos. E o mais importante: preservando o legado.
Espero que este conteúdo tenha te ajudado a entender sobre a importância do Planejamento Sucessório.
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Dra. Érica Dias Ferreira | ericadias@parolopesadvocacia.com.br
Advogada | Administradora | Especializada em Planejamento Sucessório e Patrimonial, constituição de Holdings Rurais, Patrimoniais, Familiares e Planejamento Estratégico.
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